Por detalhes

A confirmação para Pelé acender a chama olímpica e abrir oficialmente os Jogos olímpicos na sexta-feira, no Maracanã, está por detalhes. O Rei do Futebol teve uma reunião nesta terça-feira, 2, em um restaurante na Zona Sul do Rio de Janeiro, com o cenógrafo Abel Gomes,  produtor executivo da cerimônia de abertura, para tratar do assunto. Em seguida, confirmou que foi sondado para participar da festa. O que está pegando ainda é o contrato em vigor com a empresa Legends 10, que cuida da sua imagem. E há dois eventos exatamente no dia da cerimônia de abertura, e que o brasileiro está tentando cancelar para viver seu grande momento olímpico.

De acordo com Pelé, está prevista uma outra reunião ainda nesta quarta-feira para definir o assunto. O Rei do Futebol, porém, demonstrou confiança para participar da abertura dos Jogos Olímpicos. 

“Tenho um contrato com a Legends 10 e dois eventos já estavam marcados para esse mesmo dia. Amanhã (quarta-feira) teremos uma reunião para tentar a minha liberação. Eu gostaria de fazer, mas preciso da liberação deles”,  afirmou o Rei, antes do lançamento do projeto Pelé Academy, no Rio. 

Comandada pelo investidor inglês Kayne Anderson, a Legends 10 é um grupo americano que trabalha a marca de Pelé pelo mundo. O Rei do Futebol assinou contrato de representação com a empresa no fim de 2010, em um compromisso válido por 30 anos. A Legends é responsável pelas aparições do brasileiro em eventos, além de contratos publicitários.

Ao ser questionado pelo GloboEsporte.com sobre o motivo de sua presença no evento com Pelé, Abel Gomes, o responsável pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, confirmou a reunião com o Rei, mas não quis explicar a razão. Na despedida, Abel deu um beijo na mão do ídolo brasileiro.

Maior nome do esporte brasileiro, Pelé nunca disputou uma Olimpíada por ter se profissionalizado muito novo pelo Santos. Em 1958, com apenas 17 anos, já era campeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Até os anos 80, apenas atletas amadores podiam participar dos Jogos.

O Atleta do Século, que fez duas cirurgias nos últimos anos, está usando bengala e ainda não consegue se locomover com facilidade sem o acessório - por ordem médica, precisa usar o acessório por tempo indeterminado.

Familiares e amigos tentam levantar o astral do Rei e lembram do exemplo de Muhamad Ali. Falecido recentemente, o boxeador emocionou o mundo com o esforço para acender a chama da Olimpíada em 1996. Com Mal de Parkinson em estágio avançado, Ali, um outro ícone do esporte e um dos maiores lutadores de todos os tempos, passou toda a força e dedicação naquele momento para todos os olhos do planeta se comoverem.

Durante o Tour da Tocha pela Baixada Santista, em julho, Pelé marcou presença, mas não chegou a conduzir o símbolo olímpico. Apareceu apenas na sacada do museu que guarda seu acervo pessoal, em Santos, acenou para o público e, emocionado, agradeceu a oportunidade de fazer parte dos Jogos de alguma maneira.

Com informações do Globoesporte.com