quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Desabafos e conformidades

Um dia antes do confronto entre Confiança e ABC no Batistão, o Esporte-SE entrevistou o zagueiro Carlos André, fundamental nas partidas do Confiança e que marcou dois gols contra em dois jogos pela equipe na Série C.
Por conta de um dos gols contra, o zagueiro foi criticado e ameaçado por dois torcedores na saída do Batistão, no domingo, 19, ao término do jogo válido pela quarta rodada da Série C do Brasileiro.
Naquele domingo, o time proletário empatou com o Porto-PE por 1 a 1. Tito abriu o placar para a equipe proletária, enquanto que Arlindo, da equipe pernambucana, cruzou para a área e Carlos André desviou para o gol, empatando a partida para o time de Caruaru.
Na terça-feira, o zagueiro falou para o blog ao término do treino preparatório para o jogo contra o Coruripe (que aconteceu na quarta e terminou empatado em 0 a 0):
- Deixa a impressão que o culpado pelo empate fui eu. Mas eu respeito a opinião do Ferreira, pois é ele quem escala a equipe. Então aceito isso com o maior profissionalismo possível.
- Jogo futebol desde os 10 anos e estou há muito tempo na estrada. A torcida tanto ajuda como apóia. Em relação à crítica que recebi (no domingo), estou calejado quanto a isso. De maneira alguma me deixa influenciar dentro de campo. Eu tenho a cabeça no lugar, sei do que sou capaz, do que realmente erro, tendo assim a própria auto-crítica. Eu fico chateado com a minoria dos torcedores, que são um ou dois que pagam o ingresso para ir ao estádio, mas não acompanham o dia-a-dia do time. Eles podem falar o que quiser, pode até xingar, mas pessoalmente não aceito. É bom o torcedor saber que, antes de ele ficar triste, quem fica triste somos todos nós jogadores. Quando nós jogadores entramos em campo em busca do resultado, e o mesmo não vem, nós sofremos, pois somos seres humanos apesar de sermos atletas. Não somos máquina, temos sentimentos, famílias, esposas, filhos, pais. Ficamos magoados quando o resultado não vem.. Mas, enfim, faz parte da carreira. Críticas sempre haverão. Os jogadores têm que estar preparados para isso. Aqui, quando se faz um grupo não se faz de 11 jogadores e sim de um grupo todo.

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