Pouca participação
O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) contratou, recentemente, um educador profissional, especializado em caminhadas e corridas, para preparar os bancários que queiram não só caminhar e correr com saúde, mas participar da 4ª Corrida dos Bancários, que acontece em 13 de setembro, na Coroa do Meio, em Aracaju, com dois percursos: 5km e 10km. O local é o Parque da Sementeira, localizado na Avenida Beira-Mar, na capital, sendo que as aulas começam às 19h e terminam às 20h (uma hora mais cedo que o determinado aqui no blog).
O dia inicial de preparação foi ontem, com o grupo de corrida que leva o nome do educador profissional Jimmy, a Jimmy Lopes Team. Mas apenas quatro pessoas compareceram. Mal fisicamente, Adilson Azevedo, diretor de Cultura e Esporte do SEEB/SE, entende que a pouca participação é devido à pouca divulgação (será – lembrando que a matéria para os bancários irem ontem está em nosso blog). “Acredito que, na próxima semana, quando sair no jornal, vai ser muito mais procurado”, admite o dirigente.
Adilson entende o quanto é importante os bancários se prepararem para uma competição. “Para correr, tem que ter toda uma técnica. O Sindicato, já prevendo isso e preocupado com a Corrida dos Bancários, permite que os iniciantes possam se preparar para uma corrida”, analisa o diretor de Cultura e Esportes, que garante: para a corrida, vai se preparar e encarar, pelo menos, a de 5km.
Hoje, os bancários treinaram com o professor Garcez, que já venceu as duas primeiras edições da Corrida, e espera disputar novamente este ano. “Quando tem um professor que é atleta e corre lá na frente, (ele) serve de referência”, admite o bicampeão do evento a ser realizado em 13 de setembro.
Garcez diz que corrida tinha que ser uma atividade normal de todo mundo. “Mas as pessoas deixam de praticar atividade física para ficar em casa, na verdade. Então acaba deixando de fazer atividade física. E é totalmente difícil: tem que começar tudo do zero denovo, aprender a correr, fortalecer a musculatura para começar a correr. Eles acabam desaprendendo uma coisa que tinha que ser normal para eles”, afirma o profissional.
Sobre a preparação dos bancários, Garcez traça os “caminhos” para os iniciantes. “Geralmente a gente vai focar muito na parte da coordenação e fortalecimento da musculatura para eles, quando correrem, não vir a se machucar. Então a gente, geralmente, vai trabalhar neste ramo (de atividade). Todo mundo tem capacidade de correr, mas vai ter que fazer o treino correto, seguir uma planilha, um treino, na parte inicial, até a parte propriamente dita, que é a corrida. Então a gente, primeiramente, faz a parte de alongamento, depois um aquecimento, a parte de coordenação e depois começa a incluir uma parte de corrida já para eles, que estão iniciando”, relatou o professor.
A bancária Jeane Márcia Souza, de 40 anos, gostou do primeiro dia de treinos e quer se preparar para correr os 5km. “Correr é bom para saúde: melhora o condicionamento físico e a auto-estima. Exercício físico é tudo”, completa.
Ela trouxe a filha Mayara Teixeira, de 16 anos. Jogadora de vôlei, diz que não pensa em correr a prova, mas admite que, com os treinos, busca um preparo físico bom. “Deixo de ser sedentária. Cuido da saúde e fico com um corpo bacana”, completa a jovem atleta.
Outros exemplos
Diferente dos bancários, iniciantes no Parque da Sementeira, há outros que já fazem a um bom tempo com o grupo de corrida. Um deles é o bancário aposentado Wellington Silva Menezes, de 53 anos. Cardiaco e hipertenso, ele, por causa de uma de suas médicas, começou a praticar exercícios físicos, aos 49 anos, e melhorou a qualidade de vida.
Mas engana quem pensar que ele começou a correr logo no início. Era preciso se preparar. Primeiro ele começou com uma caminhada, e, quando descobriu que gostava de correr, intercalou caminhadas com pequenas corridas. Quando percebeu que podia correr, deixou a caminhada de lado para só correr.
Apesar da falta de preparo, se jogou nas provas locais que foram acontecendo. Começou em uma delas cujo percurso era de 5km: tentou correr, sem o compromisso de completar. “Na metade da corrida, dei uma pausa, caminhei mais uns 500 metros, para depois concluir correndo. Em seguida, vieram outras”, explica o corredor.
E daí que a corrida se tornou, para ele, um momento de encontrar colegas de trabalho e de escola, se aproximar mais de colegas de diferentes agências e setores. “E uma coisa que me fascinou é o fato da corrida ser um esporte muito democrático. Lá (na Corrida dos Bancários) todo mundo é igual, não existe classe social. Todos são atletas: a classe social é essa”, completou o aposentado.
Para Wellington, a corrida é bom pois o indivíduo é “vacinado” para que o problema não se agrave. “Se hoje eu sou um cardíaco, sou um cardíaco com um coração muito mais forte do que antes. Hoje o coração é uma máquina que bate com força e não faz esforço nenhum: ele bombeia o sangue para todo o corpo, fazendo o mínimo esforço, porque eu já fortaleci ele através da corrida. E quando a gente corre, não é só a musculatura de perna e braço que a gente está trabalhando, mas sim a parte cardiovascular todinha, que é fortalecida e a gente nem percebe”, aconselha o bancário aposentado.
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