Força nos braços
Sob o olhar de curiosos na praça General Valadão, centro de Aracaju, aconteceu no sábado, 24, em arena improvisada, a sétima edição do Campeonato Sergipano de Lutas de Braço. O evento reuniu diversos atletas: da capital, interior e de outros estados. Um competidor de São Paulo participou sem ter o dinheiro para voltar a sua cidade de origem.
A competição era uma luta de guerreiros, amantes do esporte. Na arena da competição, ganhava o mais forte, o que treinou mais. Assim como em outras edições, o torneio contou com a presença de lutadoras femininas. “Elas trazem o brilho e a beleza do esporte”, admite Alex Moura, presidente da Federação Sergipana de Lutas de Braço (FSLB).
Entre as diversas mulheres que competiam na General Valadão, destaque para Tânia Maria. Aos 47 anos, Tânia, seis vezes campeã sergipana e bicampeã brasileira, usou o braço direito e depois o esquerdo para derrotar as adversárias. Ela faturou o título na categoria Absoluto para as mulheres.
“O título foi fruto da intensa evolução nos treinos desde março. Conquistei o feito em uma categoria com poucas mulheres. Mesmo assim, as poucas adversárias e eu mostramos a força que a mulher tem em Sergipe”, afirmou Tânia Maria que, apesar das dificuldades financeiras, vai derrubando cada obstáculo que encontra pela frente.
No masculino, Gessenildo mostrou que é o homem mais forte na sétima edição do torneio. Ele conquistou o título na categoria Profissional, acima de 110 quilos, e na Absoluto. Ele não foi o único, pois Benício Machado teve seu momento de alegria ao faturar na Profissional, entre 100 e 110 quilos.
OLHARES ATENTOS
Novos e velhos, fortes e fracos, homens e mulheres. Teve de tudo na praça General Valadão. Muitos aceitaram o desafio e foram para a arena improvisada mostrar a força dos braços na categoria específica para eles: a amadora. Outros ficaram como espectadores, mas com um gostinho de subir no ringue.
Um deles era o fiscal Marcos da Silva que estava ao lado de um colega dialogando sobre a luta. “É bom prestigiar este esporte que convida a população local. Faz com que pessoas de diferentes localidades compareçam na praça. De tanto assistir, me dá vontade de aceitar o desafio”.
A competição ficará guardada na memória do advogado e economista João Batista da Gama. “Cheguei aqui na praça, estacionei o carro e de repente vi a competição. Ficou uma sensação diferente pois nunca tinha visto uma competição de lutas de braço. É a minha primeira vez”.
PALAVRA DO PRESIDENTE
“Esperava um número maior de competidores (esta sétima edição teve 57 participantes). Mas deu para mostrar o que é a luta de braço em Sergipe. Foi um evento grandioso e contou com a presença de lutadores dos mais diferentes lugares do Brasil. A modalidade é uma realidade no Brasil. Já plantamos a semente e estamos colhendo os frutos"
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