Triste realidade
O novo técnico do Lagarto, o experiente Luiz Pondé, falou o que quis em entrevista concedida ao repórter Igor Matheus do Portal Infonet. Tratou do Campeonato Sergipano, do Lagarto que se prepara para os próximos jogos do estadual e para a Copa do Brasil e comparou o nosso futebol com o da Bahia.
Mas, tudo o que ele disse não é nenhuma novidade quando a gente olha para um estado pobre em futebol, mas que vai “hospedar” a Seleção da Grécia a partir de 1º de junho, visando a Copa do Mundo. Mesmo assim, em alguns momentos, fiquei a pensar se ele vai durar muito tempo na equipe interiorana.
A princípio, Pondé reclamou do Sergipão: segundo ele – e como todos nós já sabemos – tem baixa renda e peca no quesito estrutura. Mas como podemos ter um campeonato de qualidade se não temos jogos empolgantes? Como podemos ter boas rendas se não trazemos jogadores de qualidade? Como podemos elogiar a Segunda Divisão se, no ano passado, apenas quatro equipes disputavam duas vagas para a elite?
O treinador diz que o torneio é desorganizado e traz um dado preocupante: na Bahia ninguém contrata jogador sergipano. Ele pode ter esquecido que, recentemente, muitos jogadores daqui já atuaram em clubes de Série B e Série A. Mas retornaram. Por outro lado, por que muitos destes clubes sergipanos insistem em trazer jogadores desvalorizados no futebol brasileiro, caso de Nadson, no Lagarto?
E falando em Lagarto, reclamou de tudo: que a campanha no estadual está péssima e que vai utilizar da experiência para consertar os erros que o clube apresenta: alimentação, estrutura, campo e parte técnica. Fico a perguntar: desde quando os clubes do interior possuem uma estrutura digna para disputar competições? Posso até me calar quando lembro do River Plate, do Olímpico de Pirambu e outros mais sustentados com o dinheiro de políticos – o Sergipe é um exemplo. Mas estes são algumas exceções em vista da quantidade de clubes que participam de um torneio organizado por um presidente de federação que, há décadas, está no poder.
E sobre a Copa do Brasil? Com a declaração de que “vai ser muito difícil”, é bem provável que a equipe, adversária do Santa Cruz em abril, seja eliminada logo na primeira fase. Vai ficar a cargo do Sergipe tentar representar bem o nosso estado na partida contra o Náutico em março.
Pondé ainda reclama que os dirigentes não se preocupam com a base e que “os clubes só pensam em fazer dinheiro com os caras”. Seria este um dos motivos para a eliminação precoce de Itabaiana e Confiança na Copa São Paulo de Juniores este ano?
Bem que poderia culpar Pondé pelas declarações, mas como culpar se o nosso futebol só apresenta problemas, só vai de mal a pior? Como culpar o treinador se possuímos uma realidade diferente de muitos clubes brasileiros?
E até quando vai isso? Será que as coisas mudarão com a vinda da Grécia para Sergipe? Será que algum dia iremos ver uma equipe sergipana disputando a divisão de elite do futebol brasileiro? Ficaremos no aguardo.
Mas, tudo o que ele disse não é nenhuma novidade quando a gente olha para um estado pobre em futebol, mas que vai “hospedar” a Seleção da Grécia a partir de 1º de junho, visando a Copa do Mundo. Mesmo assim, em alguns momentos, fiquei a pensar se ele vai durar muito tempo na equipe interiorana.
A princípio, Pondé reclamou do Sergipão: segundo ele – e como todos nós já sabemos – tem baixa renda e peca no quesito estrutura. Mas como podemos ter um campeonato de qualidade se não temos jogos empolgantes? Como podemos ter boas rendas se não trazemos jogadores de qualidade? Como podemos elogiar a Segunda Divisão se, no ano passado, apenas quatro equipes disputavam duas vagas para a elite?
O treinador diz que o torneio é desorganizado e traz um dado preocupante: na Bahia ninguém contrata jogador sergipano. Ele pode ter esquecido que, recentemente, muitos jogadores daqui já atuaram em clubes de Série B e Série A. Mas retornaram. Por outro lado, por que muitos destes clubes sergipanos insistem em trazer jogadores desvalorizados no futebol brasileiro, caso de Nadson, no Lagarto?
E falando em Lagarto, reclamou de tudo: que a campanha no estadual está péssima e que vai utilizar da experiência para consertar os erros que o clube apresenta: alimentação, estrutura, campo e parte técnica. Fico a perguntar: desde quando os clubes do interior possuem uma estrutura digna para disputar competições? Posso até me calar quando lembro do River Plate, do Olímpico de Pirambu e outros mais sustentados com o dinheiro de políticos – o Sergipe é um exemplo. Mas estes são algumas exceções em vista da quantidade de clubes que participam de um torneio organizado por um presidente de federação que, há décadas, está no poder.
E sobre a Copa do Brasil? Com a declaração de que “vai ser muito difícil”, é bem provável que a equipe, adversária do Santa Cruz em abril, seja eliminada logo na primeira fase. Vai ficar a cargo do Sergipe tentar representar bem o nosso estado na partida contra o Náutico em março.
Pondé ainda reclama que os dirigentes não se preocupam com a base e que “os clubes só pensam em fazer dinheiro com os caras”. Seria este um dos motivos para a eliminação precoce de Itabaiana e Confiança na Copa São Paulo de Juniores este ano?
Bem que poderia culpar Pondé pelas declarações, mas como culpar se o nosso futebol só apresenta problemas, só vai de mal a pior? Como culpar o treinador se possuímos uma realidade diferente de muitos clubes brasileiros?
E até quando vai isso? Será que as coisas mudarão com a vinda da Grécia para Sergipe? Será que algum dia iremos ver uma equipe sergipana disputando a divisão de elite do futebol brasileiro? Ficaremos no aguardo.

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