Incluir a quem se sente excluído

Hoje pela manhã aconteceu, na capital, a 6ª edição da Volta de Aracaju, evento que comemorou os 43 anos de fundação da TV Sergipe. A prova contou com 2 mil atletas, um recorde no número de inscritos, segundo o site GLOBOESPORTE.COM/SE.

A prova, tanto na categoria masculina, como na feminina, e para deficientes, foi dividida em dois percursos: 5 km e 10 km. No primeiro, o pernambucano Gilmar de Oliveira e Rebeca Costa foram os campeões. Ambos conquistaram o tricampeonato da Volta de Aracaju. Nos 10 km, a medalha de ouro ficou com o sergipano José Nilson e a pernambucana Miriam Farias. 

Mas o momento mais importante nesta edição, e em tantas outras, é saber que existem pessoas dispostas a ajudar o próximo, a fazer a alegria de deficientes em corridas de rua. Pessoas que estão dispostas a lutar pela inclusão social de corredores que possuem diversos tipos de deficiência, entre elas a visual, motora e mental. 

Um desses personagens é o bancário e engenheiro agrônomo Eliseu Mann. Sua ajuda, traduzida em palavras e disposição para correr, são fundamentais para que os corredores com deficiência possam conquistar os melhores resultados. Alguns destes foram alcançados na prova de hoje: Danilo, com deficiência visual total, conquistou a medalha de ouro; Maria Gilda, com deficiência motora, também ficou em primeiro. 

José Wellington, que tem deficiência visual total, ficou em terceiro, mesmo com a ajuda de Eliseu, que se tornou o guia deste corredor nesta 6ª Volta de Aracaju. Morador do bairro Piabeta, José Wellinton admitiu que correr foi um momento de se sentir como uma pessoa normal dentro de uma sociedade. “Se a sociedade se somasse (à causa dos deficientes), a festa ficaria mais bonita e legal”, completou o corredor. 

Satisfeito com o resultado dos atletas, Eliseu Mann, que foi presidente da Associação dos Amigos da Oncologia (AMA) e tem uma irmã que é autista, elenca que a corrida de rua tem dois objetivos: “primeiro é fazer a inclusão desses atletas em corridas de rua de Aracaju e fora dela; segundo é que a prática da  atividade física ajuda a ter saúde”.