sábado, 3 de março de 2018

Rússia se nega a admitir esquema estatal e gera impasse com laboratório antidoping

Presidente do CO russo (Foto: Globoesporte)
O Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou a suspensão da Rússia, o Comitê Paralímpico (IPC) a manteve, e a polêmica envolvendo o país e o controle antidoping está longe de chegar ao fim. Isso porque o presidente do Comitê Olímpico do país (ROC), Alexander Zhukov, afirma que a Rússia não reconhecerá as conclusões do relatório produzido pela comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada), liderada por Richard McLaren. Esta era uma das condições para que a Agência Antidoping Russa (Rusada) pudesse ser reinstaurada – a outra é o acesso ao laboratório de Moscou. As informações são do site “Inside the Games”.

A Rusada foi declarada em não conformidade com a Wada em 18 de novembro de 2015 após a exposição de um escândalo de doping patrocinado pelo governo. Em 2 de agosto de 2017, a Wada divulgou os pontos necessários para que a Rusada recuperasse a habilitação. O texto cita explicitamente que “as autoridades responsáveis pelo antidoping na Rússia devem aceitar publicamente as descobertas da investigação de MCLaren. Isso inclui: Rusada, o Ministro do Esporte e o Comitê Olímpico Nacional”. Mas Zhukov mostrou-se contrário à tal admissão.

- O caminho para a restauração da Rusada foi praticamente completado, com exceção de dois pontos. O primeiro é o reconhecimento das conclusões do relatório de McLaren, o que não pode ocorrer, porque o mesmo afirma que havia um sistema de doping apoiado pelo estado na Rússia, o que não acontecia. O relatório da Comissão do COI, sob a liderança de Samuel Schmid, diretamente diz que esse sistema não existe. Assim, há uma contradição que, em negociações com a Wada, deve ser eliminado. A Wada insiste no reconhecimento do que não aconteceu – disse Zhukov, de acordo com o “Sport-Express”.

Após a liberação do COI, no dia 28 de fevereiro, o presidente da Wada, Sir Craid Reedie, admitiu preferir a suspensão do COI ao ROC se manter, de forma a ajudar na readmissão da Rusada.

O IPC, que tem pela frente os Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, manteve a suspensão aos russos citando justamente que a reintegração do país só deve ser feita depois que a Rusada volte a estar credenciada pela Wada e que apresente uma resposta oficial e satisfatória ao relatório do professor McLaren.

Fonte: Globoesporte

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