terça-feira, 28 de abril de 2020

Presidente da AMJ coloca em cheque viabilidade dos Jogos

Crédito: Divulgação)
A pandemia do coronavírus já provocou o adiamento das Olimpíadas de Tóquio em um ano, mas mesmo em 2021 os Jogos ainda estão ameaçados. Sem uma previsão para o controle global do novo vírus, a Associação Médica do Japão (JMA) acredita que vai ser difícil o país sediar as Olimpíadas se uma vacina contra o coronavírus não for desenvolvida antes de 23 de julho de 2021, data da abertura dos Jogos.

- Sem uma que vacina efetiva seja desenvolvida, acho que vai ser difícil realizar os Jogos no ano que vem. Não estou dizendo que o Japão deve ou não deve sediar as Olimpíadas, mas seria muito difícil realizar os Jogos sem a vacina - disse Yoshitake Yokokura, presidente da JMA, em entrevista coletiva nesta terça-feira.

O Japão decretou estado de emergência em todo o país por causa do coronavírus, e Tóquio é o epicentro da pandemia por lá. O Japão já registrou mais de 13,6 mil casos de covid-19 e 385 mortes. Os números japoneses não estão entre os mais elevados do mundo, porém um evento como as Olimpíadas reúne pessoas de todo o mundo, entre atletas, jornalistas e torcedores.

- Estamos vendo de fato um decréscimo no número de novos casos de coronavírus em Tóquio. Gostaria de acreditar que é um decréscimo genuíno, mas ainda estamos encarando uma situação no Japão em que o número de testes é insuficiente. Então acho que temos de esperar para ver como as coisas vão se desenrolar - disse Yokokura.

O Comitê Organizador dos Jogos já admitiu que os Jogos correm risco mesmo após o adiamento para 2021. Os japoneses não veem chance de um novo adiamento e não trabalham com um plano "B" na manga. Alguns especialistas acreditam que realizar as Olimpíadas com portões fechados, sem a presença de torcedores, pode ser uma solução.

(Crédito: Tomohiro Ohsumi/Getty Images)


Fonte: Globoesporte.com

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