Confiança e Estanciano tentam, mas ficam no 0 a 0

Com um público pequeno no Batistão, o Confiança voltou a cometer falhas e empatou em 0 a 0 com o Estanciano, na tarde de ontem, em jogo válido pela nona rodada do Campeonato Sergipano de Futebol. A partida terminou com o atacante proletário, Da Silva, sendo intimado pelos policiais ainda no campo.

O resultado fez o Confiança cair para a segunda posição do grupo A com 13 pontos, enquanto o Estanciano é o terceiro do grupo B com 10.

No domingo (20) as equipes entram em campo pela última rodada da primeira fase. O Confiança precisa vencer o Sergipe – no clássico do Batistão – para conseguir a vaga no cruzamento olímpico da primeira fase. Por outro lado, o Estanciano, para obter a classificação, terá que vencer o Guarany na Vila Operária, em Estância, e torcer por um tropeço do Socorrense frente ao São Domingos.

No primeiro tempo, os torcedores tiveram que esperar 12 minutos para ver um lance de emoção em campo. E coube ao time visitante mostrar o poderio do interior. No lance, Alan Dinamite lançou Rael que entrou na área e chutou no canto, obrigando o arqueiro Rudson a espalmar para evitar o gol.

A resposta do Confiança veio após dois minutos, quando Da Silva arrancou pela esquerda e lançou Tony Maraial pela direita. O lateral-direito entrou na área e chutou cruzado: a bola só não entrou porque o meia Maranhão tirou em cima da linha.

O jogo seguia disputado. E, enquanto a torcida do Confiança vaiava a apática equipe, o Estanciano aproveitava o contra-ataque para assustar a meta de Hudson. Aos 20 minutos, Alisson cobrou falta da esquerda e Carlisson subiu mais que os defensores na área e acertou a trave.

O Confiança seguia apático em campo e deixava a torcida cada vez mais impaciente. A equipe errava muitos passes e tinha dificuldade em furar a retranca do Estanciano, que ainda apostava nos contra-ataques, mas sem muito sucesso até o intervalo.

Para garantir o emprego e buscar os gols, o técnico Nadélio mudou o Confiança no segundo tempo: o lateral-direito Cléber e o atacante Jadílson entraram nos lugares do lateral improvisado Robson Saci e do zagueiro Valdo, respectivamente. A ideia era chegar com mais perigo ao gol.

Mas, quem esteve perto de marcar no início da etapa final foi o Estanciano. No primeiro minuto, Orlando Buiú cruzou para a área, Marcel dominou e chutou firme, obrigando Clésio a espalmar a bola. Aos cinco, Alisson cobrou a falta da entrada da área, e Hudson se esticou para evitar o gol.

Ciente de que o empate era um péssimo resultado, o Confiança passou a se arriscar no ataque. Aos oito minutos, Bira marcou o gol, mas a arbitragem anulou a abertura do placar pois Jadílson participou do lance em posição irregular. Aos 20, Cleber cobrou falta da direita e, após bate e rebate na área, a bola sobrou para Bira que, na linha do gol, não conseguiu empurrar a bola para as redes.

A pressão por marcar o gol aumentava no Confiança a medida que o tempo passava. Coube ao ataque funcionar pelas pontas e a defesa do Estanciano evitar que o placar fosse aberto. Aos 33 minutos, Cleber cobrou escanteio da direita, o goleiro Clésio não segurou nem o atacante Ricardo conseguiu empurrar para as redes.

As investidas do Confiança deixava um vácuo no sistema defensivo para os contra-ataques do Estanciano. Aos 34 minutos, Thiago lançou Rael que cruzou da direita para a área. O atacante Romário se antecipou ao zagueiro e, cara a cara com o arqueiro proletário, perdeu a melhor chance ao isolar a bola.

No último lance de perigo do jogo, a torcida do Confiança quase gritou gol. Aos 44 minutos, Cléber cobrou escanteio da direita, o goleiro socou mal a bola e Ricardo, sem goleiro, cabeceou firme, mas Thiago salvou o Estanciano em cima da linha.

Fim de jogo e vaias da torcida do Confiança para uma apática equipe proletária. Em uma parte do campo, diante de um amontoado de gente, o atacante proletário, Da Silva, sendo intimado pelos policiais que trabalhavam no jogo. O atacante teve que se explicar de algumas coisas que ele falou durante o intervalo do primeiro para o segundo tempo.