Mudando o discurso, mas sem solução
O diretor do Departamento de Base do Confiança, Fernando Andrade, elogiou muito a atuação da equipe na Copinha. Ontem, o time comandado por Batista venceu, de forma apertada, o Ferroviário por 2 a 1. O atacante Iago, aos 25 minutos do primeiro tempo, e o zagueiro Henrique, aos cinco da etapa final, marcaram os gols da equipe que, minutos após o segundo gol, tomou o gol de honra do Ferroviário, marcado por China, cobrando pênalti.
Em informativo publicado no whats do Esporte-SE, Fernando Andrade afirmou que o jogo foi tenso e muito disputado. “Prevaleceu a vitória da estratégia de um time bem postado dentro de campo e com muita disposição de luta”.
Mas, e se o Ferroviário empatasse ou virasse a partida nos 30 minutos que faltava? Talvez pronunciasse um discurso igual ou pior do citado no informativo de domingo, 3, logo após a derrota para o Santos por 1 a 0, na estreia pela Copa São Paulo.
Na análise de Fernando, há um certo desprezo dos dirigentes do estado pelas categorias de base “Fica evidente, mais uma vez, que se tivermos um pouquinho mais de condição financeira e estrutura, o trabalho de base dará frutos cada vez mais crescente. Definitivamente temos que ver o trabalho de base como investimento, não como custo, como um fardo pesado a ser carregado”.
Não que isto seja uma novidade para o nosso futebol, mas ficam as dúvidas: será que os dirigentes proletários não se acordaram para isso? Ou estou enganado?
Se isso acontece com o atual campeão do Campeonato Sergipano Sub-20, imagine com os outros clubes. O arquirrival Sergipe, por exemplo, precisou demitir técnicos e reduzir a folha da base para manter o time competitivo nas competições menores. O trabalho até deu resultado: o time foi campeão nas categorias sub-15 e sub-17.
Mas será que os problemas serão para sempre? Até onde vai a base do nosso estado?
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