segunda-feira, 27 de junho de 2016

Jogadores apontam as falhas no empate contra o Murici

O elenco rubro se apresentou, na tarde de hoje, após empatar na tarde de domingo, 26, com o Murici-AL por 3 a 3 pela terceira rodada do grupo A9 do Campeonato Brasileiro da Série D. O time vencia por 2 a 1 até os 35 minutos do segundo tempo – Diego Neves e André marcaram para o time rubro, enquanto Leonardo fez o primeiro dos alagoanos – até que o Murici empatou com Rodrigão e virou com gol contra do zagueiro Thiago Papel, este último aos 45 minutos. O time rubro só não perdeu porque Diego Neves converteu pênalti, aos 48, e decretou o empate na Arena Batistão. 

Na reapresentação, a diretoria, através do vice-presidente Ramon Barbosa, reuniu jogadores e comissão técnica para uma conversa de 20 minutos. Até porque o sinal de alerta foi aceso na equipe devido ao baixo rendimento da nos dois jogos que fez na Arena Batistão: em 12 de junho, deixou o Fluminense de Feira-BA empatar o jogo em 1 a 1 aos 45 minutos do segundo tempo; e neste último, contra os alagoanos, quando a equipe quase perdeu o jogo. Por pouco não passou vergonha em casa. 

De acordo com o zagueiro André, autor do segundo gol rubro na partida de ontem, a diretoria passou confiança aos jogadores e comissão técnica e que acreditam no trabalho realizado pelos jogadores nesta Série D após três empates em três jogos. “Nesse momento, é isso que a gente mais precisa: pegar mais confiança e atentar a fazer bons jogos. Ontem não foi um bom jogo, ficou todo o time devendo um pouco. Mas foi esta questão de pegar mais confiança, eles estão confiando na gente, a comissão confia e a gente tem plena certeza de que podemos lá em Murici conquistar os três pontos”. 

André entende que a equipe está com uma “cisma” de fazer um gol, não definir e acabar tomando no final. O zagueiro relata que, no jogo de ontem, o time se acomodou após o adversário ficar com um homem a menos aos 25 minutos do segundo tempo – Deisinho deu um soco no ouvido de Fabrício Lusa e foi expulso.  “Acabou que o time deles acabou crescendo no jogo parecendo que a gente estava com um a menos. Mas é coisa que a gente já conversou hoje, já cobrou que não pode voltar a acontecer  e que agora pra gente o que importa são só as vitórias”, completou. 

Para o goleiro Giovani Luiz, o vice-presidente do Sergipe, Ramon Barbosa, apareceu no campo para representar a diretoria e dar total apoio. “Eles (dirigentes) como superiores nossos, seguindo uma hierarquia do clube, precisam cobrar, ainda mais em uma instituição forte e consolidada como é a do Sergipe. Então, o atleta que não está preparado para ser cobrado, não deve estar aqui. Então a gente foi cobrado hoje, mas, ao mesmo tempo, foi incentivado, porque não é o momento de achar culpados, e sim buscar, dentro do grupo, forças para buscar soluções dos problemas”. 

O arqueiro admite que errou durante o terceiro gol rubro. “Aqui a gente sempre ressalva que todo mundo ganha, todo mundo perde. Mas, internamente, dentro de qualquer lar, dentro de qualquer casa, a gente aponta os erros e as falhas coletivas e individuais que ocorreram. A gente não está aqui correndo da responsabilidade: a gente sabe que errou. Eu, particularmente, posso dizer por mim, que eu poderia ter uma ação diferente no terceiro gol, que eu poderia ter tido um posicionamento de origem antes da batida da falta, um pouco mais adiantado. Mas eu optei por permanecer um pouco mais dentro do gol, porque era uma partida onde tinha muito vento contra nosso gol e eu me preocupei com a questão de ser surpreendido com a bola batida direta pro gol. Então isso ocasionou com a dificuldade pra acabar saindo do gol e era uma bola que, normalmente quem me conhece, quem me acompanha muitos anos minha carreira, sabe que é uma bola que normalmente eu saio. Então, particularmente, posso falar dos meus erros, eu assumo a responsabilidade. Ali dentro do vestiário, a gente apontou, conversou. Sabe que temos um plantel qualificado. Ao término deste primeiro turno, nos dá ainda mais a confiança e a sensação de que a ente pode acreditar, pode se classificar. Só que a gente tem que cuidar porque os jogos tem se decidido no detalhe e até o momento o detalhe não tem sido a nosso favor: tem sido contra”. 

Para o volante e capitão Gil Baiano, a conversa entre dirigentes e comissão técnica foi para os atletas mudarem a atitude o mais rápido possível. “E só temos agora mais uma chance. Chance essa que nós precisamos agarrar com unhas e dentes e buscar um equilíbrio. Por que uma equipe tão boa como a nossa oscilar tanto dentro de um jogo¿ Cinquenta por cento vai bem, faz 1 a 0, de repente baixa um pouco a bola, deixa de marcar forte, deixa de atacar forte e permite que a equipe adversária crie tanto. Então acho que é o momento da gente parar e analisar bastante, porque, realmente, nem nós jogadores estamos satisfeitos”, relatou o jogador. 

Gil Baiano joga a responsabilidade de bons resultados, nos três jogos que restam, para os próprios companheiros, até porque “existe uma chance” e “daqui para frente é não repetir (os erros), pois não temos mais tempo”. O volante entende que o time não fez nada para vencer o Murici. “Mesmo assim o adversário não foi superior a gente, mesmo a gente jogando muito abaixo do necessário”, completou. 

TREINO COM NOVIDADE

Logo após a reunião de 20 minutos, os jogadores que não atuaram ontem, ou que jogaram menos de 45 minutos, fizeram um treino técnico e tático no campo secundário do João Hora. 

Quem participou das atividades foi Davi Ceará, apresentado como novo reforço do Sergipe O meia, 25 anos, foi, no domingo, campeão tocantinense pelo Gurupi. O jogador fez dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o Tocantins de Miracema. O Camaleão do Sul garantiu o hexacampeonato e se tornou o maior campeão do estado. 

Davi entende que o clube não vive um bom momento na Série D e diz que vem para somar e dar o melhor. “Independente de jogar bem ou jogar mal, precisa de vitória neste momento. Domingo, se deu quiser, vai sair a primeira e as coisas vão começar a engrenar”, ressalta. 

JOGADORES NO DM

O lateral-esquerdo Vicente era esperado no campo para iniciar a fase de transição. Mas nada de aparecer. 

O outro lateral-esquerdo, Max, fez exame de raio-x e não foi detectada fratura no pé esquerdo, como era previsto. Mas, de acordo com o departamento, ele está com um pequeno edema e dor no local e ficará em tratamento na fisioterapia.

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