quarta-feira, 18 de abril de 2018

Veja riscos do uso de anabolizantes e hormônios sem prescrição médica

(Crédito: Eu Atleta/Globoesporte.com)
Recentes pesquisas entre esportistas e frequentadores de academias mostraram aumento expressivo do uso não médico de esteroides anabolizantes, hormônio de crescimento (GH) e outros hormônios. Com isso, o risco de surgimento de doenças graves, mesmo no uso por ciclos curtos, se elevou bastante. Apesar da falsa impressão de que não há riscos, pesquisas médicas não deixam dúvidas em relação aos efeitos diretos e colaterais nas pessoas que fazem uso para efeitos estéticos ou de força muscular.

O Conselho Federal de Medicina emitiu parecer forte e decisivo sobre esses tratamentos ilegais:

"Parecer CFM nº 19/2013

Prescrição de anabolizantes e hormônio de crescimento para ganho de massa muscular em atletas

Ementa

A utilização de anabolizantes e hormônios de crescimento em quem não tem indicação de seu uso, não deve ser realizada com a finalidade de aumentar sua massa muscular ou seu porte físico. Conclui-se não haver evidências científicas para o seu uso, não sendo eticamente aceita a sua prescrição e administração, com os consequentes efeitos colaterais. Este é o parecer, SMJ. Brasília-DF, 22 de agosto de 2013".


Vamos relembrar alguns efeitos colaterais do uso indevido, não médico, pois em geral são amigos, internet e até mesmo alguns profissionais da saúde que os indicam para fortalecimento e crescimento muscular. Os esteroides anabolizantes podem levar alguns indivíduos a desenvolver:

- Hipertensão arterial, em pessoas que não a teriam.

- Diminuição acentuada da fração HDL, o chamado colesterol bom, um protetor contra o infarto do miocárdio e que tem seus níveis normais acima de 40 mg%, mas que no usuário de anabolizantes cai para a faixa de 15 a 20 mg%.

- Elevação do LDL, o colesterol ruim, principal causador de infarto do miocárdio, principalmente em jovens com menos de 45 anos.

- Aumento dos triglicerídeos acima do limite normal de 150mg%. É uma gordura provinda dos alimentos ricos em carboidratos, causando obesidade e até desencadeando o Diabete tipo II.

- Aumento da frequência cardíaca, mesmo em repouso e episódios de taquicardia.

- Distúrbios da coagulação sanguínea, principalmente das plaquetas, podendo provocar trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar e infarto do miocárdio.

Gonadotrofina coriônica humana (HCG) e o Hormônio de Crescimento (GH, Somatotrofina) são hormônios também utilizados irregularmente para melhorar força e estética, e no seu uso não médico pode haver graves efeitos colaterais. Entre eles, o desencadeamento do Diabete 2, reações alérgicas em geral e até estimular o aparecimento de câncer.

Fonte: Eu Atleta/Globoesporte

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