Chegando em Sergipe, passando por Aracaju
O símbolo maior das olimpíadas chegou em Sergipe. Desde às 11h, ela se encontra aqui. Começou com um passeio de barco pelo cânion do São Francisco, foi para Poço Redondo sentir o calor do sertão, foi para Nossa Senhora das Dores até chegar em Aracaju. Setenta e sete pessoas puderam sentir o gosto de conduzir a tocha por alguns metros das ruas sergipanas. E muitos puderam mostrar a alegria com a tocha dançando e vibrando com o pessoal.
Às 16h30, no clima de festa e grande euforia, a tocha chegou em Aracaju. E a Colina do Santo Antônio foi o ponto de partida. Para fazer a segurança do símbolo olímpico, Polícia Militar, a Getam e os representantes da Força Nacional tiveram a máxima atenção para que ninguém pudesse entrar no eixo determinado para os condutores da tocha.
Na saída para as ruas, ainda próximo à Colina do Santo Antônio, um representante da imprensa sergipana foi empurrado com certa brutalidade por um dos seguranças. O profissional da imprensa sergipana não teve nada. E o trajeto seguiu normalmente.
Quanto aos condutores, várias personalidades participaram da condução. A primeira a conduzir a chama em Aracaju foi a assistente social Roberta Salgado. “Eu acabei de descobrir que eu ia ser a primeira hoje, lá na concentração. É uma expectativa tamanha. Fui escolhida pelo município de Aracaju enquanto servidora municipal. E assim como a tocha, que busca o símbolo de igualdade, a nossa profissão também busca uma sociedade mais justa e igualitária. Estou muito feliz, muito feliz mesmo. Estou muito honrada. Muito obrigada”, relatou a primeira condutora da tocha na capital.
Roberta e os estudantes vencedores de um concurso de redação entre escolas públicas – Jeffeter, Mariana e Eduardo – tiveram a honra de acender a primeira tocha que deu início ao percurso da chama por Aracaju. Mariana, que estuda na Escola Estadual Manuel Bomfim e jogadora de handebol, se emocionou. “É uma coisa única, um momento único na nossa vida. Até porque, no Brasil, quando é que vamos ter uma Olímpiada agora¿ Ela acontece de quatro em quatro anos. É uma emoção muito grande estar participando e ser uma das primeiras pessoas a acompanhar a chama olímpica. É uma coisa muito emocionante”, agradeceu a garota de 14 anos.
Para o secretário da SEJESP, Carlos Eloy, Aracaju teve o privilégio de ser destaque para o país inteiro. “A tocha olímpica, que leva a esperança, leva a chama olímpica e o fogo puro... A gente espera que aconteça uma festa da família aracajuana, uma festa da família sergipana, com muita paz e com muita alegria no meio do caminho. Com fé em Deus”, completou o secretário.
Ainda na Colina, mais precisamente na frente da igreja e com a presença das autoridades sergipanas, a tocha apagou. E voltou a ser acesa minutos depois.
O trajeto percorreu ruas da capital onde o público pode ver, de perto, a tocha ser carregada por personalidades sergipanas, sejam elas esportistas ou não. Em algumas das vezes, por conta da chuva, ela se apagou. Nem Jouberto Uchôa, reitor da Unit que carregou a tocha em determinado trecho do centro da cidade, escapou deste problema. Isabela, de apenas 12 anos, Maria Gilda, do badminton, Oswaldo Mendonça, professor do IFS, Albano Franco, ex-governador de Sergipe, foram alguns dos que participaram do trajeto do símbolo olímpico.
Em parte do percurso, mais precisamente na avenida Ivo do Prado, um grupo de estudantes iniciou o protesto contra o governo atual, mas nada que impedisse o trajeto da chama olímpica pelos condutores. Logo mais à frente, a tocha parou por 15 minutos no Supermecado Extra onde aconteceu a Festa da Coca-Cola.
A tocha chegou na Orla de Atalaia onde pernoita para, no dia seguinte, seguir rumo à Propriá, ainda município sergipano. Lá, a partir das 8h, o bicampeão olímpico do vôlei de quadra como jogador, Giovane Gávio, estará na avenida João Barbosa Porto com um grupo de dez crianças que conduzirá a chama olímpica nos primeiros 200 metros do revezamento do município.

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