quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Com medalhas no peito, Seleção de GRD é recepcionada no aeroporto da capital

Ginastica brasileira traz bons resultados
Com 18 minutos de atraso, devido a forte chuva na capital, a Seleção Brasileira de Conjunto de Ginástica Rítmica desembarcou, na tarde desta quarta-feira, 18, no Aeroporto Internacional de Aracaju. No peito, as três medalhas conquistadas no Pan-Americano de Ginástica Rítmica, em Daytona Beach, nos Estados Unidos: dois ouros e uma prata. No rosto o semblante de alegria ao alcançar uma nota muito boa na segunda apresentação e, assim, faturar o título nos Estados Unidos. 

Para Jéssica Maia, a sensação é de dever cumprido, pois foi a última competição do ano para a ginástica rítmica. “Era a competição mais importante, pois esse campeonato, em 2020, vai ser o que vai classificar a gente para as Olimpíadas de Tóquio. Então, desde agora, já é importante ganhar esse campeonato pra ir buscando essa classificação olímpica”. 

Jessica, que também é capitã, explica ainda que é essencial, nesta competição pan-americana, ter um preparo tanto físico como psicológico. “A gente treina muito e a gente tem apenas dois minutos e meio para mostrar nossa coreografia. Então a parte psicológica é muito importante, tanto quanto a física. No primeiro dia (no Pan), a gente não competiu muito bem, teve uma ginasta que se lesionou um pouquinho antes de entrar na quadra. E a gente se fechou pra, no outro dia, conseguir realizar nossa série sem falhas. Conseguimos tirar a nossa maior nota na história: foi 17,950. E conseguimos, de virada, bater os Estados Unidos, em casa, né? Que a gente sabia que ia ser uma tarefa bem difícil. Mas graças a Deus e, com a união da equipe, a gente conseguiu”. 

Para a ginasta Francielly Pereira Machado, o título ficará marcado na memória das atletas. “A gente treinou muito para este momento. Então chegar lá e conseguir fazer tudo o que a gente treinou, foi inacreditável. E depois, quando a gente conquistou a medalha de ouro – fomos campeãs do Campeonato Pan-Americano  - foi incrível para a gente. A “ficha” demorou um pouquinho para cair né? E quando caiu, a felicidade veio à tona: a gente chorou, se emocionou, porque foi um trabalho muito duro. A gente se dedicou muito e tivemos pouco tempo de trabalho esse ano, para começar esse novo ciclo. Então, foi incrível pra gente conquistar essa medalha”. 

Na Seleção Brasileira desde 2013, Jéssica afirma que o título foi importante pois foi o primeiro ano do grupo no ciclo olímpico. “A gente começou muito bem, alcançando uma nota histórica, que foi 17,950. Então, pra gente foi muito importante e foi só o começo desse ciclo”. 

A presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Rezende, diz que foi uma grande conquista e que está muito feliz. “É uma luta do dia a dia. O nosso esporte é um esporte que se  decide em detalhes, são elementos que devem ser realizados com bastante técnica. E elas conseguiram: conseguiram tirar dez! Principalmente na dificuldade, que é uma parte da arbitragem, de acordo com o código de pontuação, um dos mais importantes. Então isso deixou a gente muito emocionado. E valeu né? Conseguimos vencer os Estados Unidos em Daytona, dentro do próprio Estados Unidos. E isso faz com que a gente possa ter uma hegemonia dentro do nosso esporte”. 

Quanto ao escândalo envolvendo o COB, Luciene diz que o lema é seguir em frente. “A gente que já trabalha o dia a dia no esporte, e estamos acompanhando em outros ciclos olímpicos, temos que nos preparar para os Jogos Olímpicos. Então que tudo seja resolvido da melhor forma possível e nós estamos acompanhando e trabalhando para que possamos buscar os resultados”.

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